Brigadeiro

Eu ainda era criança, mas uma criança quase pré-adolescente.

Fui dormir na casa da amiga. Ela “apagou” cedo e eu, sem sono, fiquei lendo algum gibi até que seus pais chegaram tarde da festa.

Nos trouxeram dois brigadeiros. Comi um e guardei o outro pra ela comer ao acordar no outro dia. A mãe achou minha atitude nobríssima. Mas a verdade é que pra mim não agiria de outro jeito. Nada mais justo que guardar o dela.

Mesmo sendo aquela melhor amiga que foi muito malvada comigo. Nunca perdeu a chance de mandar e me manipular desde muito cedo.

Nos encontramos e reencontramos durante a vida.

Andamos desencontradas.

Mas ontem li no livro:

“É sempre uma prova de amor guardar um doce”.

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