Não tenho nenhum registro, além dos desenhos e pinturas guardadas pela minha mãe.
Ela nos levava a pé, todas as terças e quintas, eu e meu irmão, à escolinha de artes da Biblioteca Municipal aqui de Florianópolis.
Era meados da década de 80, e passávamos tardes inteiras imersos em variadas técnicas de diferentes expressões artísticas que incluía desenho de observação com carvão, pintura, até teatro e flauta doce.
Parávamos apenas para o lanche no recreio no meio da tarde.
Foi lá também que vi o boi-de-mamão e tive contato com a cultura local que até então me era desconhecida.
Hoje, por outro motivo, fui até a biblioteca depois de muito tempo. Perguntei para uma funcionária se a escolinha de artes ainda existia. Com algum saudosismo, ela me contou que as atividades foram transferidas para o Centro Integrado de Cultura, o CIC. Falou também que muita gente, assim como eu, vinha perguntar da escolinha e mostrava para os filhos onde estudou na infância.
Penso que a iniciativa da minha mãe na época me abriu possibilidades que me ajudaram a fazer escolhas na minha vida profissional bem mais tarde. Ali entendi que gostava de criar e até hoje a criação é o que me faz feliz.
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