Trabalho com colagem há algum tempo. Se for contar a época em que recortava, colava e montava universos criados em capas de cadernos e páginas de agenda, faz mais tempo ainda.
Comecei a levar essa técnica para meu processo criativo quando fiz algumas oficinas com a colagista Pati Peccin, também aqui de Florianópolis.
Meu último trabalho com colagem partiu de um exercício em que brinquei com a ligação entre letras (a fonte escolhida foi Helvetica) e dei formas inusitadas e ilegíveis a elas.
Essas “palavras-figuras” foram coladas em folhas caídas de árvores em parques, praças e canteiros e redistribuídas nos mesmo locais, a fim de que alguém as achasse por aí.


Continuei essa investigação e criei uma pequena publicação manual e caseira, utilizando o formato de encadernação concertina (uma espécie de sanfona ao abrir), onde, mais uma vez, essas “palavras” tornaram-se a ilustração do livreto, juntamente com outras imagens.




A partir daí, criei a série de colagens Indecifráveis. São imagens fortes buscadas no fotojornalismo, acompanhadas de padrões criados com a junção dessas letras. Essa série é composta de três colagens principais.
A novidade é que elas farão parte de uma publicação coletiva, resultado dos trabalhos desenvolvidos com o grupo Impossibilidade do esgotamento. Será lançado em abril deste ano.
Aguarde.



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