Categoria: Cinema

  • ET phone, home

    ET phone, home

    Tive alguns traumas na vida que foram culpa do meu pai.

    Calma, já vou explicar melhor.

    Meu pai, cinéfilo, de uma família de cinéfilos, acabou por se tornar um senhor que gosta de cinemão.

    Mas eu gosto de cinema por causa dele. Gosto que foi reforçado pelo Ivan, meu companheiro de aventuras. Nosso primeiro encontro foi num cinema, mas outra hora eu conto.

    Em 1981, eu tinha apenas três aninhos. Meu pai teve a incrível ideia de me levar ao cinema para ver ET – O extraterrestre. Na época, foi sensação. Lançaram miniatura do ET, bonequinho que acendia o peito e o dedo, as bicicletas do filme. Eu só colecionei pavor!

    Até hoje morro de medo d’O ET. Veja bem, não é de qualquer ser vindo do espaço. É dele. Aquele nanico marrom que ficava branco ao adoecer. Que comia rastros de bala confetti. Que tinha dedo comprido. Que se escondia entre os bonecos de pelúcia. E era botânico.

    Desconheço ter revisto o filme, mas os detalhes estão vívidos em minha mente. Assim como a trilha sonora, que meu pai insistia em ouvir.

    Não me assusto com filme de terror. Aliás, não acho a menor graça. Enquanto Ivan fica com a mão suando frio, eu sempre estou indiferente ou achando problemas no roteiro. Mas é só me mostrar o ET ou contar histórias com disco voadores que já tremo nas bases.

    Anos depois desse episódio, ainda criança, meu pai me fez assistir a “Contatos imediatos de terceiro grau”. A música do filme virou jingle da TV Manchete, para piorar minha qualidade de vida.

    Eu cresci, aprendi a conviver com bonecos do ET na casa de amigos, com imagens dele ao virar a página de uma revista ou assistindo à tv. Mas sempre levando um sustinho.

    Conclusão? Nem sempre a culpa é da mãe.

  • É tudo verdade

    É tudo verdade

    De 8 a 18 de abril, acontece o festival internacional de documentários “É tudo verdade”. Será mais um ano de exibições virtuais e gratuitas através do site oficial.

    Neste ano, além do lançamento aguardado de “Alvorada“, sobre os bastidores do impeachment da presidenta Dilma Rousseff (Direção: Anna Muylaert e Lô Politi), terá o lançamento do documentário “Tio Tommy – o homem que fundou a NewsWeek“, dirigido por Loli Menezes da Vinil Filmes, aqui de Florianópolis.

    O baú de Tio Tommy

    O filme conta a trajetória de Thomas John Cardell Martyn, fundador da revista Newsweek, que está enterrado em Agrolândia, no interior de Santa Catarina. Malcon Bauer, ator nascido na cidade, ao tentar conseguir mais informações sobre o personagem, descobriu que Thomas foi na verdade o “Tio Tommy”, homem que casou com a irmã de sua avó.

    A descoberta do personagem deu início a uma pesquisa que se estendeu pelo arquivo nacional no Rio de Janeiro e por entrevistas nos Estados Unidos e Inglaterra, além de relatos de seus contemporâneos na cidade de Agrolândia. Fatos e boatos constroem a verdadeira história de Tommy no filme.

    Loli Menezes, diretora de Tio Tommy

    A exibição será no dia 11 de abril, no site do festival.

    Assista ao trailer aqui.

    Assista ao filme aqui

  • Mundo paralelo

    Mundo paralelo

    Há algumas semanas, resolvi criar um mundo paralelo pra mim. Resolvi escutar música no lugar do noticiário, ler livro e não jornais, assistir a filmes interessantes e leves.

    Para esses últimos, a indicação da amiga @clei.dirlean era o diretor Eric Rohmer.

    Assim, passeei pelos subúrbios classe média de Paris, pelos balneários da França e as pequenas cidades do interior, acompanhando as histórias conjugais das personagens. Me deliciei com o figurino anos 80 e os cenários coloridos, os campos floridos e as personagens mulheres que mesmo cheias de dúvidas, vivem o amor a seu modo.

    O diretor tem duas séries específicas: uma chamada “comédies et proverbes”, com seis filmes e outra chamada “contes des quatre saisons” com filmes para cada estação do ano. E todos esses dez filmes me fizeram a melhor companhia nos últimos dias.
    Só a arte nos salva da dura realidade da vida!

    Fica a dica: Assista na plataforma Mubi ou no #cinemaemcasa do site do Sesc SP