Fauna e Flora

Aproveitei um feriado esticado para fugir da cidade mais uma vez.

Depois de horas de estrada asfaltada e uma hora de estrada de terra, cheguei ao refúgio escolhido. As primeiras “pessoas” que conheci foi a cadela Fauna e a criança Flora.

Lá estava eu, num chalé de frente prum lago com tilápias, que logo mais seriam saboreadas no primeiro almoço feito no local.

Dali pra frente minha missão era simples, porém nobre. Dormir, comer, ler e ficar em contato com a natureza. E, claro, deixar o celular bem longe disso tudo.

Dida e sua família nos recebeu maravilhosamente bem. Cozinhou todos os dias com capricho único, utilizando a matéria-prima que mesmo plantou e colheu: arroz, feijão, milho crioulo, mandioca, rúcula. Sem contar nos pães e pizzas de fermentação natural, na geleia de morango e jabuticaba, iogurte, mel, bolos, doce de pera e chás. Tudo feito por ela.

Depois de algumas horas fui surpreendida pela carinhosa gata Íris, que fez companhia por toda a estadia.

Entre um passeio no campo e outro na trilha, as leituras que me acompanharam nesses dias preguiçosos foram o Caderno proibido, de Alba de Céspedes e De quatro, de Miranda July.

Gosto quando o tempo passa devagar, assim tenho como prestar atenção aos meus pensamentos e chegar a algumas conclusões e vontades na vida.

“Aprender a compreender as coisas mínimas que acontecem todos os dias talvez seja aprender a compreender realmente o significado mais recôndito da vida”. (Alba de Céspedes)

Trago comigo as boas lembranças desses dias no meio do mato.

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