“A vida é uma máquina gigante, monstruosa e cheia de dentes que são acionados anarquicamente e percorrem o arco interno feito as teclas de uma máquina de escrever empurrando a tinta até o papel, só que ferozes e destrutivos, e nosso objetivo é passar o máximo de tempo possível andando tranquilamente dentro dessa máquina sem coincidir com as machadadas internas”.
Não fossem as sílabas de sábado • Mariana Salomão Carrara
O imprevisto é imperativo quando se vive.
Uma agenda toda organizada para a semana pode ser inutilizada em alguns minutos da segunda-feira. Uma mensagem cancela um compromisso. Outra mensagem adia aquele outro.
A pessoa com quem você contava e amava profundamente, parte sem avisar. Vai embora pra sempre. Vai embora desta vida em alguns segundos.
A campainha toca e tem alguém do outro lado da porta que vai falar algo que pode mudar tudo no dia de hoje.
É preciso recalcular rotas, trajetos, vontades.
É preciso ter jogo de cintura, plano B, cartas na manga.
É preciso ter vida interior para preencher o vazio do imprevisto.
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