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  • Café imaginário

    Café imaginário

    Vislumbrando um futuro encontro, com uma mesa na varanda, café moído na hora e pão feito em casa, compartilhei minhas saudades em forma de convite. Um convite imaginário de um café em casa com amigas. Garanti também boa música e companhia da minha gata Beterraba.

    Assim que coloquei no Instagram tive uma grata surpresa: tanta gente querida quis entrar nesse “bonde”!

    Compartilhando meus pensamentos nostálgicos, minhas angústias e medos, tenho tido as melhores companhias, mesmo que distantes.

    Já está valendo a pena.


  • As casas têm história

    As casas têm história

    Esses dias chegou aqui o exemplar de ‘Habitar: casas com história em Brusque’, projeto com textos de @ricardo.weschenfelder e ilustrações de Márcia Cardeal.

    Através de desenhos das casas que restaram na paisagem da cidade, Ricardo narra a importância da memória através da arquitetura. Os desenhos de Márcia formam um mapa que nos convidam a um belo passeio por Brusque, Santa Catarina.

    O projeto foi viabilizado por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc.


  • Renovação

    Renovação

    Muito feliz em mostrar a nova papelaria da FofysFactory!

    No começo do ano, estava finalmente de férias. Porém, férias na pandemia é sinônimo de férias em casa. Aproveitei para fazer várias coisas que não tinha tempo enquanto trabalho. Uma delas foi rabiscar meu novo cartão e outras coisinhas para a dar uma cara nova à FofysFactory, minha marca.

    Comprei papéis coloridos na paleta de cores que escolhi, recortei e colei para brincar de montar um arranjo de formas até chegar nas primeiras ideias. Desenhei outras no sketchbook e guardei para finalizar algum dia.

    Alguns meses depois, recorri à prima designer Isabella Grillo (@porisagrillo), que conseguiu trazer para a realidade todas as minhas vontades e fez esse trabalho lindo! Muda daqui, repete dali. Assim, fomos trocando ideias de longe e ela criou o cartão, o postal e adesivos para as embalagens da FofysFactory ficarem ainda mais charmosas.


    Essa semana eles chegaram aqui em casa e já estou animada para fazer as próximas encomendas bordadas!


  • Little Lulu ou Luluzinha

    Little Lulu ou Luluzinha

    De dentro da caixa guardada no fundo do armário apareceram essas figurinhas da turma da Luluzinha. Elas eram mais antigas que eu, mas quando ganhei de meu pai, agarrei e nunca mais me separei. Me fizeram companhia na infância e ficaram cuidadosamente guardadas na adolescência e idade adulta, quando passaram comigo por todas as minhas moradas.

    O apego não é à toa, Luluzinha era meu gibi preferido. Me recordo das idas à banca Jorelli no centro de Florianópolis, todos os domingos. Meu pai me dava carta branca para escolher meu gibi e ele comprava o exemplar da vez da revista Cinemin. (Coleção que mais tarde doamos para um amigo).

    Luluzinha & Bolinha me influenciaram graficamente com seus traços limpos e coloridos. Lulu também foi a primeira feminista que tive contato. Era uma menina inteligente, ardilosa e sabia se impor perante aos meninos do Clube do Bolinha. Além de ter sido criada por uma mulher, a cartunista Marjorie Buell.

    Com o tempo, minha coleção tornou-se grande e talvez um dos maiores arrependimentos da vida foi ter me desfeito dela. Salvei alguns exemplares e mais tarde resgatei edições em sebos, a fim de recuperar o tempo perdido.

    Mal sabia que nenhum tempo é perdido. As memórias da Lulu dentro de mim estão bem mais vivas do que imaginava! E para sempre.


  • Brigadeiros

    Brigadeiros

    Naquele outubro de 2018 comi os brigadeiros mais amargos da vida. Minha ingenuidade e esperança fez crer que seria noite de comemoração e o que recebi foi a pior notícia através de um âncora de telejornal. O amargo dos brigadeiros se misturou ao salgado das lágrimas.
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    Quase três anos depois, como brigadeiros querendo que estivessem doce. Mas além de amargos agora têm gosto de sangue.
    Como brigadeiros trancada em casa pra evitar de morrer.
    Como brigadeiros enquanto lá fora comemoram a morte e a tortura.
    Como brigadeiros também para lembrar que eles eram para festas e não funerais.


  • Heroínas negras

    Heroínas negras

    Conheci a escritora Jarid Arraes através dos contos de “Redemoinho em dia quente”, lançado pela editora Alfaguara. Através das personagens mulheres, a escrita nos leva à região do Cariri, onde Jarid nasceu e voltou para a pesquisa do livro. As fotos trazidas dessa viagem podem ser vistas em seu site.

    Depois dessa leitura, fiquei curiosa para conhecer seus cordéis em “Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis”, pelo selo Seguinte. Jarid, que também é filha e neta de cordelistas, nos apresenta personagens negras da história do Brasil, muitas vezes não tão conhecidas.

    O livro começa com Antonieta de Barros, personagem de Florianópolis, onde moro. Mas também nos conta sobre Dandara dos Palmares, Carolina Maria de Jesus, Maria Filipa, entre outras. Todas ilustradas por Gabriela Pires.

    Penso que esse livro pode ser um material precioso a ser usado nas escolas de todo o país.


  • Visionária

    Visionária

    Ainda era início da pandemia, primeiros meses de isolamento social e chegou o convite para uma exposição coletiva de bordados que não ia mais acontecer de forma presencial.

    O grupo Linhas do corpo me chamava para mais uma empreitada: uma criação autoral sobre o tema corpo. Com o mesmo coletivo já havia participado de duas exposições anteriores.

    Gosto muito desses convites porque me fazem deixar um pouco de lado as encomendas cotidianas e focar na criação e experimentação de novas possibilidades com as linhas, algo que sempre me faz falta.

    Assim que criei a obra “Visão”, que partiu da imagem do olho bordado, com utilização de carimbos e técnicas variadas do bordado livre.

    Somente trocamos as fotos das obras prontas entre os participantes, mas a exposição um dia há de acontecer!


  • Quando chegar

    Quando chegar

    Quando chegar, e se chegar, o dia de sairmos do casulo, vamos nos deparar finalmente com a nossa realidade.
    Enfim, encararemos nossos lutos, sentiremos as pessoas que perdemos, a falta dos lugares que frequentávamos. Daí também vamos entender tudo que se transformou enquanto estávamos ausentes, no mundo paralelo que nos sobrou criar.
    Não sei como vai ser.


  • É tudo verdade

    É tudo verdade

    De 8 a 18 de abril, acontece o festival internacional de documentários “É tudo verdade”. Será mais um ano de exibições virtuais e gratuitas através do site oficial.

    Neste ano, além do lançamento aguardado de “Alvorada“, sobre os bastidores do impeachment da presidenta Dilma Rousseff (Direção: Anna Muylaert e Lô Politi), terá o lançamento do documentário “Tio Tommy – o homem que fundou a NewsWeek“, dirigido por Loli Menezes da Vinil Filmes, aqui de Florianópolis.

    O baú de Tio Tommy

    O filme conta a trajetória de Thomas John Cardell Martyn, fundador da revista Newsweek, que está enterrado em Agrolândia, no interior de Santa Catarina. Malcon Bauer, ator nascido na cidade, ao tentar conseguir mais informações sobre o personagem, descobriu que Thomas foi na verdade o “Tio Tommy”, homem que casou com a irmã de sua avó.

    A descoberta do personagem deu início a uma pesquisa que se estendeu pelo arquivo nacional no Rio de Janeiro e por entrevistas nos Estados Unidos e Inglaterra, além de relatos de seus contemporâneos na cidade de Agrolândia. Fatos e boatos constroem a verdadeira história de Tommy no filme.

    Loli Menezes, diretora de Tio Tommy

    A exibição será no dia 11 de abril, no site do festival.

    Assista ao trailer aqui.

    Assista ao filme aqui


  • A mão do pintor

    A mão do pintor

    O quadrinho “A mão do pintor” da argentina Maria Luque conta a história de seu tataravó que cursava medicina e foi enviado para a guerra do Paraguai. Para salvar a vida de um soldado combatente, teve que amputar sua mão hábil. Esse soldado era o pintor Cándido López, que teve que aprender a usar a mão esquerda para continuar seu ofício.

    Já seguia o trabalho de Maria pelo Instagram e adoro os desenhos simples e coloridos. Não se engane com as formas desajeitadas e planas, o desenho divertido de Luque nos cativa e contam muito bem sua narrativa.

    Aqui no Brasil, o quadrinho saiu pela Lote 42. Aqui em casa, veio através do presente da amiga Bárbara.

    Compre aqui.