Sempre me emocionei fácil. Puxei ao meu pai, que chora até em comercial de televisão.
Brinco com meus amigos sobre os filmes que mais gosto de ver: “Se não me fizer sofrer e me matar de chorar, nem me interessa”. Passo fácil as comédias ( mas confesso que sou de riso frouxo) e vou direto para os dramas.
De repente, me vi pior nessa pandemia. Ando chorando por muito menos!
Choro com gente vacinada e choro com propaganda do Médico sem Fronteiras.
Só no dia de hoje, foi anúncio de fechamento de uma loja de 140 anos que eu frequentava, o comentário da conta da filha da Agnès Varda no Instagram da FofysFactory que me deixou muito emocionada e a partida de Artur Xexéo, que me fazia companhia nas tardes do Estúdio I.
Tá certo! Não é pouca coisa. É MUITA coisa acontecendo. E o choro faz a gente colocar algo pra fora e recomeçar a vida.
Cada choro, um recomeço. Chore!
*Preciso dizer aqui que escrevi esse post, titubeei e deixei no rascunho. Mas hoje de manhã recebi a newsletter a Bruna que falava também sobre o choro. Não achei coincidência e resolvi postar. É o “espírito” de nosso tempo.
Deixe um comentário