Depois de uma viagem, coisa que não faço há algum tempo, gosto muito da sensação de voltar para casa.
Os dias que passo distante sempre provocam um novo olhar quando volto.
E esse olhar de estrangeira é um exercício que faço muito em várias fases da vida.
Começo a perceber como a vida acontece no bairro, as pessoas que encontro pelo caminho e começo a ver alguma beleza onde antes não via.
Dentro do lar, começo a ter carinho por cada objeto que veio parar aqui: um presente querido, uma lembrança especial de algum lugar, um móvel que herdei de alguém.
Começo também a achar legal a minha rotina que aos poucos vai voltando aos eixos.
Algumas notícias na vida já me fizeram parar para pensar na finitude das coisas. E elas me provocam a mesma sensação: as azaléias na rua ficam mais rosas, a palavra ouvida fica gravada na memória e a vontade de se fazer o que ainda não foi feito se torna urgente.
Sou uma pessoa que olha para os detalhes, falou um amigo ao ver minhas fotos. E assim é preciso ser na vida.
Pena que na maioria das vezes a gente esquece.
*Post inspirado na newsletter “Instante Perecível“, da amiga Bruna Roisenberg.
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