Tenho um pouco de culpa ao falar que Cuba foi um dos países que mais gostei de visitar.
Não sou ingênua e sei dos problemas profundos que o país e sua população vivem nesse momento por causa do embargo e também do próprio governo. Vi de perto a escassez de alimentos e remédios para a população.


Mas nenhuma análise que eu fizer aqui vai dar conta de todas as contradições que formam essa ilha.
Vim escrever hoje sobre o que fez eu me apaixonar por este lugar.
Vez ou outra me pego relembrando momentos que lá vivi. A alegria das descobertas de cada canto de Havana. Sua arquitetura, seu povo, os passeios em suas ruas. Talvez seja o país mais seguro que já visitei.


A vida passa devagar onde o capitalismo não se alastrou. Não somos bombardeados com placas, propagandas e produtos supérfluos. A vida corre de outra maneira e em outro tempo.


As crianças ainda brincam na rua, sem celular. Os artistas de rua são graduados em arte na universidade pública.


Existem os museus e as galerias de arte. Tem o cinema cubano e sua tradição de cartazes lindíssimos.
No litoral, tem o azul turquesa do mar caribenho. Mesmo nos dias de céu cinza. E o céu de Trinidad, que me lembrou o de Minas.


Cuba é um lugar onde a gente consegue “dar um passo atrás” no modo de viver. Cuba lembra a gente de como a vida pode ser mais simples, menos corrida e com menos coisas. Lembra também que algo está muito errado no jeito em que vivemos aqui.
Tenho saudades dos dias em que a maior preocupação era escolher entre um mojito ou um daiquiri.


Um pedaço do meu coração ficou pra sempre lá.
E torço por dias melhores para os cubanos.
¡Viva cuba libre!



Colagem feita por mim
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