Todo o meu amor por Varda

Descobri tarde na minha vida a obra de Agnès Varda. Mas em pouco tempo fiquei completamente obcecada em assistir todos os filmes dela que estivessem ao meu alcance.

De documentários a ficções, a sensibilidade em que tratava cada tema é única e isso me fisgou.

Só Agnès sabia falar do amor entre uma adulta e uma criança (interpretada pelo próprio filho) em Kung Fu master, sem alarde e com doçura.

Só Agnès sabia falar da amizade entre mulheres de forma real e bonita como em Uma Canta, outra não.

Retratava com simplicidade e beleza os moradores da vizinhança ou qualquer outro assunto para seus documentários: Panteras Negras, seu marido (o também cineasta Jacques Demy) e até seu gato Zgougou.

Era também feminista de forma criativa e inteligente.

Já mais velha, construiu uma amizade com o artista francês JR que resultou no divertido e emocionante Visages, Villages. E ainda no finalzinho da vida fez sua retrospectiva definitiva, um luxo para poucos.

Ela foi embora aos 90 anos, em 2019, viajando pelo céu de Paris agarrada a balões coloridos. É essa a imagem que vai ficar na minha mente para sempre.

*Minha homenagem veio em forma de bordado, na FofysFactory Usei a técnica de foto transferida para tecido com intervenção bordada.

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