Eme tê vê

Sempre brinco que trocaria facilmente a invenção da internet pelos anos de Mtv.

A emissora faz parte da minha juventude e de tudo que me formou musicalmente.

Lembro das férias escolares em que passava horas acordada madrugada adentro para conseguir assistir aos melhores videoclipes.

Durante as aulas, aproveitava o intervalo entre o almoço e a volta para o colégio, para conseguir ver CEP MTV com o Thunderbird de apresentador.

Conhecia bandas através de Fábio Massari nos programas Lado B e Manifesto.

Gravava clipes em fitas VHS, o que resultou numa grande coleção, descartada muitos anos depois.

Naquela época eu era adolescente, e todo mundo queria ser VJ ou ter ganhado a promoção para viajar até Seattle com o Gastão Moreira.

Nos idos de 1993, o assunto só era esse: bandas, o álbum que acabou de sair, o filme que estreou no cinema. Ficávamos informados através da emissora.

Nos anos 2000, ao meu ver, a MTV degringolou de vez. Os programas de auditórios e reality shows foram a maneira de aumentar a audiência, mas me fizeram perder o interesse pelo canal.

Anos mais tarde, a falência da editora Abril, dona da MTV Brasil, decretou enfim a sua morte.

Soube que o acervo ficou abandonado por anos no saudoso prédio da avenida Alfonso Bovero.

Até que Gastão Moreira, em seu canal Kazagastão, descobriu que o acervo está guardado e muito bem cuidado.

Aliás, vale muito a pena assistir à série de vídeos que o Gastão tem feito, principalmente para quem viveu aquela época.

Esses vídeos são a única comprovação que a minha adolescência, sem a internet, foi muito legal 🙂

Para sempre, Mtv.

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