Meu pai guarda alguns brinquedos que teve na infância. Um soldadinho de madeira e um barquinho de metal. Aluno exemplar, guardou também dezenas de medalhas de honra ao mérito. Sempre foi o primeiro da turma.
Meu pai também me conta que tinha um barco de verdade. Eu sempre admirei. Ele pegava seu barquinho de madeira para navegar nas águas dos rios do sul de Minas. Qual criança hoje tem o próprio barco? Meu pai tinha.
Foi meu pai que me deu meu brinquedo preferido: a casa cogumelo do Mundo Feliz. Hoje só guardo na memória o tanto que brinquei ali.
Me lembro também de quando meu pai me dava brinquedos em dias aleatórios, sem nenhuma pompa e comemoração. E de quando ele trouxe um brinquedo muito especial na volta de uma viagem. Eu achava muito pra mim. Nos anos oitenta era assim. Não se podia ter tudo e tudo bem! Quando ganhava, tinha um gosto de merecimento, de esforço. O esforço dos meus pais.
Esse post ficou jogado nos rascunhos por um bom tempo. Não me lembro mais porque comecei a falar de brinquedos. Mas posso ter certeza de que queria falar sobre meu pai.
*Na foto: meu pai e meu irmão <3
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